Autorama Estrela: alguns dados de 1980 a 1996




1980 a 1996


Nesta terceira parte da história do Autorama Estrela, trazemos algumas informações relativas ao período que vai de 1980 a 1996, que agrupamos por entendermos que os carros e pistas ainda apresentam maiores semelhanças entre si, diferindo um pouco mais dos demais períodos. Ao longo destes 16 anos a Estrela vai modificando os produtos, mas eles ainda guardam muitas semelhanças entre si. Em 1997 mudou o motor (além da caixa, reta de ligação com som etc.), o que nos levou a separar em outra parte, representando uma "quarta fase", que será descrita em separado. A partir de 1980 ocorrem muitas alternâncias entre “garotos propaganda” e, consequentemente, nomes das séries e conjuntos.

De 1980 em diante, a Estrela reduz e depois elimina os catálogos que orientavam os lançamentos e disponibilidades a cada par de anos. Isso dificultou ainda mais a organização da trajetória do Autorama Estrela. Se até 1979, ocorriam confusões pelas mudanças próximas aos finais de ano, quando a Estrela fazia lançamentos de novos conjuntos, depois de 1980 tudo fica ainda mais difícil de se organizar e a chance de confusões e imprecisões aumenta. Há uma alternância muito grande de nomes, séries e dos conjuntos, havendo sobreposições em quase todos os anos. Até 1979 os nomes dos conjuntos eram mantidos por vários anos e a forma dos circuitos também. Mas de 1980 em diante mudam-se os nomes e formas. Procuramos organizar da melhor maneira possível, consultando colecionadores e solicitando busca por erros. Muitos problemas foram corrigidos, mas alguns outros podem ter passado despercebidos. Caso notem inconsistências, não deixem de nos contactar através dos comentários, grupos de Whatsapp, Facebook etc.



1980


Este ano é importante para a história do Autorama Estrela com mudanças significativas. Ele é mais um ano de transição de catálogos, ou seja, No começo deste ano ainda são vendidos itens da série Alta Rotação (77 a 79) e mais para o final dele começa a nova fase, como descrito a seguir. Os lançamentos novos da Estrela costumavam acontecer no segundo semestre, priorizando o Dia das Crianças e, principalmente, o Natal. 

Há uma simplificação nos carros, cujas carrocerias passam a ter menos detalhes e os chassis são alterados. A Estrela mantém o nome de Autorama Fittipaldi, mas a série passa a ser Super Curva e os conjuntos recebem o termo “Novo” no início do nome de 3 dos 4 apresentados. O uso do nome “Super Curva” para a série pode trazer alguma confusão com o nome das pistas de 1966 até 1973: nas caixas aparecia “Super Pista” (SP), mas indicando outra coisa. Enquanto Super Pista indicava a nova pista que a Estrela lançava no final de 1966, o nome Super Curva, na verdade, é para fazer referência ao estreitamento de pista que passou a vir nos conjuntos a partir de 1980. Eu não gosto dos estreitamentos, especialmente para correr com Fórmula 1, pois é menos 1 ponto de ultrapassagem, além de causar mais deslote, no melhor dos casos e quebra dos carros, pois um lançava o outro para fora da pista. Há quem diga que a Estrela fez isso de propósito para aumentar as vendas de peças de reposição pela quebra dos carros…Por outro lado algumas pessoas gostam deste estreitamento para criar uma dificuldade a mais. O Roberto Simões me chamou a atenção para o fato de que o estreitamento pode ser útil para quem anda de autorama sozinho, pois pode deixar um carro rodando sozinho mais lentamente (com controle travado), e a pessoa pilotando o outro precisa ficar atenta para não ultrapassar no local do estreitamento. Eu opto por não usar isso, provavelmente porque não gosto de andar sozinho.

Neste ano de transição entre a boa fase Fittipaldi e as seguintes mais simples, são lançados 6 carros de 2 tipos diferentes, sendo dois Fórmula 1: a bonita Ligier JS11, de Jacques Laffite e Didier Pironi; a Ferrari T4, com aerofólios traseiro e dianteiro cinza, de Jody Sheckter e 4 Fiats (Branco, Vermelho, Amarelo e Azul), que vinham no novo conjunto Rally lançado neste ano. Este foi o maior conjunto de 2 fendas dentre todos os que a Estrela lançou. É um conjunto bem raro e diferente, até porque vinham 4 carros mas ele tinha apenas 2 fendas. Este deve ter sido um conjunto da Estrela interessante para quem gosta de disputar corridas, pois além da Curva Inclinada tem trechos com traçados variados e retas boas. É uma pena que viesse com a curva de estreitamento. Os Fiats brancos e vermelhos foram fabricados até 1986, enquanto os azuis e amarelos somente até 1982. A Ligier JS 11 e a Ferrari T4 (aerofólios cinza) foram fabricadas até 1984. As carrocerias dos fórmulas perderam detalhes em relação às da década de 1970, que deixam de ser vendidas nos conjuntos. Até 1987 as carrocerias vão apresentando diferenças para cada carro. De 1988 em diante, é a mesma carroceria, apenas com cores e decalques diferentes para caracterizar cada carro. Deve ser ressaltado que a Estrela continuava com os royalties para a Fórmula 1, pois até 1996 os decalques (a partir de 1994 passam a ser adesivos) correspondem às marcas originais dos carros de verdade. As carrocerias dos Fiats são mais pesadas, mas elas têm iluminação: são os primeiros (e únicos) carros da Estrela a ter faróis que acendem! Eles são interessantes de usar em corridas por 2 razões: não têm as rodas para fora da carroceria, podendo dividir as curvas em disputas e não tem pontas para quebrar, como acontece com os fórmulas. Eles, porém, são mais pesados e, por isso, correm um pouco menos. Os aros e pneus dos Fiats são diferentes em relação aos dos fórmulas. Os novos chassis, ainda feitos de latão, foram modificados em relação aos anteriores e são iguais para fórmulas e Fiats. Eles deixam de ter o motor na longitudinal (eixo do motor alinhado com o comprimento maior do chassis) e passam a ter o motor quase na transversal (na realidade ele é posicionado de modo oblíquo/diagonal ao chassis). Isso leva a uma mudança na coroa, para garantir a engrenagem com o pinhão na nova posição. O motor é o mesmo Oxford cromado, com 2 furos e Nylon Branco que equipavam os carros da geração Fittipaldi a partir de 1977. O chassis ainda tem um pêndulo, que é  menor do que o dos chassis anteriores e sem o peso que existia neles. Os eixos e aros deixam de ser de rosca e passam a ser de Pivô, fazendo com que a tradicional chave de boca da Estrela perdesse sua principal função. Já não há mais possibilidade para os mesmos tipos de ajustes que havia com as porcas nas rodas/eixos com rosca 1/8”. Além disso, os eixos perdem em termos de qualidade do material. Eu preferia os de rosca pois facilitava o ajuste do carro. O acelerador é o mesmo azul, de gatilho. As pistas são iguais às anteriores em forma, mas a cor muda para um cinza escuro.


Conjuntos: Autorama Fittipaldi – Série Super Curva

Novo Gávea, oval, com os carros: Ligier e Ferrari T4 (aerofólio cinza).

Novo Interlagos, oito simétrico: Ligier e Ferrari T4 (aerofólio cinza).

Novo Fórmula 1, oito assimétrico com Curva Inclinada e curvas de 60 graus, com os carros: Ligier e Ferrari T4 (aerofólio cinza).

Rally – 2 fendas, muito longo e variado, com 1 Curva Inclinada e com 4 carros: Fiat Vermelho, Fiat Amarelo, Fiat Azul e Fiat Branco.

Parte do Catálogo de 1980/81, mostrando os 4 Fiats.


Forma do raro circuito Rally: era muito grande e vinha com os 4 Fiats, apesar de ter apenas 2 fendas (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Forma do circuito Novo Gávea do Autorama Fittipaldi série Super Curva, de 1980. O tradicional Gávea deixa de ser um oval simples. O Novo Interlagos não tem mudança de forma em relação aos anteriores, mas passa a ter curva de estreitamento (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Conjuntos Novo Fórmula 1 e  Rally do Autorama Fittipaldi série Super Curva. O Fórmula 1 perde a parabólica com curvas de 30 graus existente na geração Fittipaldi dos anos 70, que é substituída por curvas de 60 graus com estreitamento. O Rally é o maior circuito de 2 fendas feito pela Estrela, com trechos rápido e travado, e com diversidade no traçado, incluindo Curva Inclinada. O Rally vinha com 4 Fiats, apesar de ter apenas 2 fendas (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Conjunto Autorama Fittipaldi Novo Interlagos, de 1980. Esta é a última edição dos conjuntos com o nome Fittipaldi, mas já com os carros dos anos 80, com motor na diagonal do chassis.


Conjunto Autorama Fittipaldi Rally, com os 4 Fiats, de 1980: foi o maior circuito de 2 fendas da Estrela (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Ligier, de 1980, já com os eixos e rodas com Pivô. O carro é um dos mais bonitos dessa fase do Autorama. É o único que veio com a suspensão, que era tão comum na década de 1970 (Foto: acervo próprio).


Fundo da Ligier de, mostrando o Chassis de latão, com pêndulo (curto) e motor cromado de Nylon branco posicionado de modo oblíquo no chassis. Dá para ver, ainda, a suspensão no eixo da frente (Foto: acervo próprio).


Ferrari T4 com aerofólio e asa dianteira na cor cinza, de 1980. Na primeira foto a Ferrari está no bonito expositor em que os carros comprados avulsos vinham (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Os 4 Fiats do conjunto Rally, o maior circuito de 2 fendas da Estrela (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Os Fiats foram os únicos carros da Estrela a acender os faróis (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Fundo do Fiat: mesmo chassis dos Fórmula 1 mas na parte da frente percebe-se uma parte preta onde se encaixam as lâmpadas dos faróis (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Fiat branco, com expositor e a caixa em que foi vendido, série Super Curva do Autorama Fittipaldi, de 1980 (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Fonte ou Transformador dos conjuntos Fittipaldi, de 1980 e começo de 1981 (Foto: acervo de Marco Gavioli).



1981


Este é mais um ano de transição nos catálogos da Estrela: Emerson Fittipaldi não conseguia bons resultados com a Copersucar-Fittipaldi e Nelson Piquet, por sua vez, teve uma temporada muito boa na Brabham em 1980, chegando ao vice-campeonato. Então, no fim de 1981 a Estrela faz uma mudança muito relevante em termos de marketing, com troca de garoto propaganda: a Estrela deixa o Fittipaldi de lado e faz contrato com Nelson Piquet. Isso leva a mudanças em toda a arte das caixas. Os conjuntos mudam o nome para Autorama Nelson Piquet, mantendo o nome da Série: Super Curva. A Estrela para de vender o Rally e passa a vender um conjunto chamado Stock Car, que vinha com dois Fiats e tinha a forma de oito assimétrico, mas diferente do Fórmula 1: ele tinha 2 retas a menos e 2 curvas a mais e não vinha com os acostamentos externos. Esta escolha de nome não faz muito sentido na realidade do automobilismo brasileiro, já que a categoria Stock Car no Brasil só tinha carros da marca Chevrolet (Opalas, de 6 cilindros). É lançado o carro Brabham BT49, da equipe na qual Nelson Piquet corria e com o qual foi campeão em 1981: a Estrela novamente consegue um campeão para nomear seus conjuntos. Esta Brabham foi fabricada até 1984. Não há mudanças estruturais e a principal delas é pouco visível: o chassis, com motor em diagonal, passa a ser fornecido em material zincado. Os motores são os mesmos Oxford cromado, com 2 furos e Nylon branco. Os aceleradores também se mantêm: azuis, de gatilho. As pistas mudam de cor e passam a ser verdes. Essa cor vai se manter até 1988, apresentando variações na tonalidade do verde ao longo dos anos. Eu não gosto dessas pistas pois não se parecem em nada com a realidade de uma pista de corrida e elas me parecem ainda mais lisas do que as anteriores, fazendo os carros derraparem muito.


Conjuntos: Autorama Nelson Piquet – Série Super Curva

Gávea: o menor conjunto mas com formato diferente do  oval tradicional, com os carros: Brabham BT49 e Ferrari T4 (aerofólio cinza).

Interlagos: oito simétrico, com os carros Brabham BT49 e Ligier JS11.

Fórmula 1: oito assimétrico com Curva Inclinada e curvas de 60 graus, com os carros:  Brabham BT49 e Ligier JS11.

Stock Car: oito assimétrico diferente (menos 2 retas e mais 2 curvas que o Fórmula 1), com Curva Inclinada e curvas de 60 graus e com os carros: Fiat Vermelho e Fiat Amarelo.


Catálogo 1981-82 anunciando Nelson Piquet como garoto propaganda e nomeando os conjuntos do final de 1981.


Formas dos circuitos Fórmula 1 e Stock Car da Série Nelson Piquet, de 1981. São parecidos em quantidade de peças, mas bem diferentes na forma (Foto: acervo de Marco Gavioli).




Conjunto Stock Car do Autorama Nelson Piquet, série Super Curva, de 1981, com 2 Fiats (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Brabham BT49, com a qual Nelson Piquet foi campeão mundial em 1981 (Foto: acervo próprio).


Fiat Vermelho, do conjunto Stock Car de 1981 (Foto: acervo Marco Gavioli).


Fiat Amarelo, do conjunto Stock Car de 1981 (Foto: acervo Marco Gavioli).


Transformador (Fonte) de 1981 a 1996.



1982


Este ano não teve novidades. A Estrela mantém os itens lançados no ano anterior, inclusive os nomes dos conjuntos: Autorama Nelson Piquet – Série Super Curva. Este foi o último ano em que a Estrela forneceu conjuntos em 220 volts.


Conjuntos: Autorama Nelson Piquet – Série Super Curva

Gávea, oval, com os carros: Brabham BT49 e Ferrari T4 (aerofólio cinza).

Interlagos, oito simétrico: Brabham BT49 e Ligier.

Fórmula 1, oito assimétrico com Curva Inclinada e curvas de 60 graus, com os carros: Brabham BT49 e Ligier.

Stock Car, com os carros: Fiat Vermelho e Fiat Amarelo.


Tampa do Conjunto Autorama Nelson Piquet, Série Super Curva Stock Car, de 81 e 82.



1983


Neste ano a Estrela muda novamente o garoto propaganda, nomeando os conjuntos como Autorama Ayrton Senna, apesar dele ainda estar competindo na Fórmula 3 inglesa naquele ano. A série passa a ser a Pole Position. Em função da escolha pelo Senna, a Estrela lança duas Ralt Toyotas. Apesar do material do Roberto B. Disse indicar que são Ralt RT3, elas provavelmente são RT3, visto que o Senna correu com elas em 1983, ano em cujo final a Estrela lançou estes conjuntos). Uma das Ralt, branca, representa o Fórmula 3 com o qual o Ayrton Senna corria em 1983, tendo sido campeão naquela temporada, e a outra, azul, representando a do Johnny Cecotto. Ayrton Senna já havia ganhado várias provas em Silverstone entre 1981 e 1983. Provavelmente influenciado por isso, a Estrela muda os nomes dos conjuntos, fazendo referência àquela pista. Como esses carros só foram vendidos neste ano e no começo de 1984, eles são raros e bem cobiçados pelos que gostam dos carros fórmula e pelos fãs do Ayrton Senna. Toda a parte mecânica se mantém, chassis “transversais”, motor cromado, de 2 furos e Nylon branco etc. Apesar do lançamento do Autorama Ayrton Senna, a Estrela relança em 1983 o Autorama Nelson Piquet série Super Curva como edição especial em comemoração ao Bicampeonato Mundial dele. O conjunto é igual ao do ano anterior, mas foi colocado um adesivo indicando o Bicampeonato e distribuído um poster do Nelson Piquet no interior da caixa.

Conjuntos Autorama Ayrton Senna – Série Pole Position:

Barra: o menor circuito mas com diferença para os Gáveas anteriores, com os carros: Ralt Branca e Ralt Azul.

Silverstone: oito simétrico, com os carros: Ralt Branca e Ralt Azul.

Formas dos circuitos Barra (ficou no lugar do Gávea) e Silverstone (igual aos Interlagos) (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Conjunto Barra do Autorama Ayrton Senna, série Pole Position, de 1983 e 1984, que trazia as Fórmulas 3, Ralt RT/3 do Senna e do Cecotto. Esse conjunto menor (Barra) vinha nessa caixa de papelão, sendo uma das poucas exceções de conjunto que não vinha com a base da caixa em isopor.


Conjunto Nelson Piquet Bicampeão, edição especial de 1983, com poster e adesivo na tampa da caixa fazendo referência ao título do Piquet (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Ralt RT/3 do Ayrton Senna, com os patrocinadores brasileiros (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Ralt azul do Johnny Cecotto (Foto: acervo de Marco Gavioli).



1984


Este ano não teve novidades. A Estrela mantém os itens lançados no ano anterior, inclusive os nomes dos conjuntos.


Conjuntos Autorama Ayrton Senna – Série Pole Position:

Barra: o menor circuito mas com diferença para os Gáveas anteriores, com os carros: Ralt Branca e Ralt Azul.

Silverstone: oito simétrico, com os carros: Ralt Branca e Ralt Azul.

Conjunto Silverstone (oito simétrico) do Autorama Ayrton Senna série Pole Position, de 1983 e 1984, com as Ralt RT/3 (Foto: acervo de Marco Gavioli). 



1985


A Estrela oferece poucas novidades. São mantidos apenas 2 conjuntos, chamados de Jacarepaguá e Estoril, sendo mantidos, também, o nome Autorama Ayrton Senna e a série Pole Position. Neste ano Ayrton Senna já tinha chamado a atenção mundial e a Estrela lança a Lotus 98T Preta, com patrocinador John Player Special, tão adorada pelos brasileiros. Ayrton Senna ficou de 1985 a 1987 na equipe Lotus. Foi lançada, também, a Ferrari T4 com aerofólio preto. As Lotus são bonitas em função da combinação e contraste da carroceria preta e adesivos dourados. A Ferrari T4 é grande, sendo maior do que a Lotus no comprimento. Nas curvas ela faz aumentar a chance de um carro catapultar o outro se entrarem juntos nas curvas de 60 graus. Todo o restante se mantém igual (chassis, motor, acelerador etc.).


Conjuntos Ayrton Senna – Série Pole Position:

Jacarepaguá: o menor circuito (igual ao Barra dos 2 anos anteriores), com os carros: Lotus 98T Preta e Ferrari T4 com aerofólio preto.

Estoril: oito simétrico (igual ao Silverstone dos 2 anos anteriores), com os carros: Lotus 98T Preta e Ferrari T4 com aerofólio preto.


Formas dos circuitos Jacarepaguá (o menor) e Estoril (oito simétrico), iguais aos dos 2 anos anteriores (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Conjunto Estoril do Autorama Estrela série Pole Position, de 1985, com a famosa e adorada Lotus 98T (com patrocínio principal da John Player Special). Vinha, ainda, a Ferrari T4 com aerofólio e asa dianteira pretos (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Lotus 98T, de 1985, com a qual Senna fez grandes corridas e marcou gerações (Foto: acervo próprio).


Fundo da Lotus do Senna da série Pole Position, de 1985 (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Ferrari T4 com aerofólio preto, de 1985 (Foto: acervo próprio).


Fundo da Ferrari T4, com motor cromado e Nylon branco (Foto: acervo próprio).



1986


Neste ano a Estrela muda novamente seu garoto propaganda, voltando a Nelson Piquet. O nome dos conjuntos passa a ser Autorama Nelson Piquet, Série Corrida de Campeões. Voltam a ser oferecidas 3 opções (GP Inglaterra, GP Mônaco e GP Brasil). É lançada a Williams FW11 (que recebe o “apelido” de “bico de papagaio” para diferenciá-la da que foi lançada em 1988. Ela tinha mesmo um pequeno bico diferente da outra Willians). Foi uma pena a Estrela não ter lançado nenhum conjunto com a Williams FW11 e a Lotus 98T juntas, pois seria uma configuração para lembrar uma das mais belas ultrapassagens da Fórmula 1 quando, no GP da Hungria de 1986, o Piquet ultrapassou o Senna por fora numa curva, fazendo sua Williams derrapar com as 4 rodas. Apesar disso, ele consegue controlar o carro e se manter à frente de Senna. Naquele dia a habilidade e determinação do Piquet superou a genialidade do Senna, que estava num carro muito inferior. Não há nenhuma outra novidade: chassis, motores etc. são os mesmos dos anos anteriores.


Conjuntos Autorama Nelson Piquet – Série Corrida de Campeões:

Grande Prêmio Inglaterra: o menor conjunto, mas tem uma pequena diferença para o Jacarepaguá do ano anterior, com os carros: Williams FW11 e Ferrari T4 com aerofólio preto.

Grande Prêmio Mônaco: oito simétrico (igual ao Estoril do ano anterior), com os carros: Williams FW11 e Ferrari T4 com aerofólio preto.

Grande Prêmio Brasil: oito assimétrico, com Curva Inclinada (igual ao Novo Fórmula 1 de 1980 e 81), com os carros: Williams FW11 e Ferrari T4 com aerofólio preto.

Formas dos circuitos GP Brasil, Mônaco e Inglaterra (da esquerda para a direita, respectivamente), de 1986 (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Conjunto Mônaco do Autorama Piquet série Corrida de Campeões, de 1986, com a Williams FW11 do Piquet e a Ferrari T4 (Foto: acervo Marco Gavioli).


Williams FW11, do Nelson Piquet, de 1986 (Foto: acervo de Marco Gavioli).



1987


Em 1987 a Estrela volta para o Ayrton Senna, mas mantém destaque para o Nelson Piquet em um dos produtos e acaba lançando  4 conjuntos, de 2 séries diferentes: o Autorama Ayrton Senna, Série Ayrton Senna, com 2 conjuntos: Silverstone e Detroit; e o Autorama (sem nome mesmo), Série Piquet x Senna - Duelo de Campeões, com 2 conjuntos: GP Brasil 1000 e GP Brasil 2000. Deste ano em diante o nome será apenas Autorama, mudando um padrão que vinha desde 1973, com o Auto-Rama SP Fittipaldi. Neste ano é lançada a Lotus 99T amarela, com toda a mecânica igual às anteriores.


Conjuntos Autorama Ayrton Senna – Série Ayrton Senna

Silverstone: o menor circuito, mas diferente do Gávea e do GP da Inglaterra de 1986, com os carros: Lotus 99T e Ferrari T4 com aerofólio preto.

Detroit: oito simétrico, igual ao GP de Mônaco de 1986, com os carros: Lotus 99T e Ferrari T4 com aerofólio preto.

Conjuntos Autorama – Série Piquet x Senna Duelo de Campeões

GP Brasil 1000: oito simétrico, com os carros: Williams FW11 e Lotus 99T.

GP Brasil 2000: mesmo desenho do Novo Fórmula 1 - oito assimétrico, com Curva Inclinada e curvas de 60 graus, com os carros: Williams FW11 e Lotus 99T.

Formas dos circuitos Silverstone e Detroit do Autorama Ayrton Senna, de 1987 (Foto: acervo de Marco Gavioli).




Conjunto Detroit do Autorama Ayrton Senna, de 1987, com a Lotus 99T amarela e a Ferrari T4 com aerofólio e asa dianteira pretas (Foto: acervo Marco Gavioli).


Conjunto GP Brasil 1000, do Autorama Piquet x Senna Duelo de Campeões, um dos 4 conjuntos de 1987 (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Lotus 99T, do Senna, dos conjuntos de 1987 (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Williams FW11, do Piquet, dos conjuntos de 1986 e 1987 (Foto: acervo de Marco Gavioli).



1988


Neste ano a Estrela muda muita coisa. É mantido o nome Autorama puro, mas são lançadas 3 séries: Autorama, Séries Senna Ás da Largada, Piquet Tricampeão e Super Show Fórmula 1. Com a entrada do Senna na McLaren, a Estrela lança a McLaren MP4/4, com o número 12, com a qual Senna foi campeão neste ano de 1988; a Williams é atualizada para a FW11B, com a qual Piquet foi tricampeão mundial em 1987 e é lançada a Lotus 100T Amarela. O carro que representa o do Senna deste ano é apelidado de McLaren “U” para diferenciá-la da de 1990, pois há um detalhe diferente na pintura da parte vermelha perto do motor: na deste ano, a pintura é reta e, olhando por cima, pode lembra um “U”, por causa da parte central. A Williams deste ano (FW11B) tem a carroceria idêntica à FW11 na parte de cima e uma diferença muito pequena no extremo do bico, que é menor e mais reto. Na Willians de 1986 o bico avança um pouco mais além da asa dianteira, chegando um pouquinho mais para baixo do que a de 1988. 

No final de 1988 há uma mudança nos chassis, que ainda são de metal, zincados mas  deixam de ter o pêndulo que esteve presente na grande maioria dos chassis de metal. Isso faz com o que chassis fique mais leve e a Guia passa, então, a ser fixada diretamente no chassis. Provavelmente por causa desta mudança no chassis as carrocerias passam a ter um “copo” na parte de baixo - entre o eixo da frente e o bico do carro, exatamente acima da Guia. É lançado o motor Oxford cromado, com 2 furos e com Nylon azul, que vinha com um pinhão de 9 dentes ao invés dos tradicionais pinhões com 7 dentes que vinham nos motores Oxford desde 1977. O número de dentes das coroas também foi alterado de 35 para 32 dentes, mudando a relação final de transmissão. Esta relação se mantém assim até o fim dos motores Oxford, em 1996. As carrocerias passaram a ter uma abertura um pouco maior na lateral direita para poder acomodar o pinhão maior. Os motores continuam na mesma posição oblíqua em relação ao chassis. As coroas passam a ser fixadas nos eixos com parafusos Allen, ao invés dos parafusos de fenda, como antes. As rodas também apresentam o mesmo tipo de alteração: os parafusos que fixavam os cubos nos eixos (pivôs) também deixam de ser do tipo fenda e passam a ser Allen. As pistas são iguais às anteriores na forma, mas passam a ser da cor preta. Os aceleradores ainda são de gatilho, com 3 pinos, mas mudam a cor para vermelho-alaranjado, mesma cor dos novos guardrails. Supostamente os aceleradores seriam mais suaves e resistentes (eu tenho um par destes e não percebo diferença) para os azuis.

Conjuntos Autorama, Séries:

Senna Ás da Largada, Senna Ás da Largada: oito simétrico (igual ao Brasil 1000 do ano anterior), com os carros: McLaren MP4/4 e Williams FW11B.

Piquet Tri-Campeão, Piquet Tricampeão: oito simétrico, com os carros: Lotus 100T Amarela e Ferrari T4, com aerofólio preto.

Show Fórmula 1, Duelo de Campeões: oito assimétrico, com Curva Inclinada e curvas de 60 graus, com os carros: Lotus 100T Amarela e McLaren MP4/4.

Conjunto Autorama Piquet Tri-campeão, de 1988, com a Lotus 100T e a Ferrari T4 com os chassis sem pêndulo (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Lotus 100T do Piquet, dos conjuntos de 1988. A carroceria é muito parecida com a Lotus 99T do Senna, de 1987, exceto por um “copo” presente na 100T (assim como nas demais carrocerias a partir de 1988). As rodas também mudam: percebe-se o aro traseiro sem as bordas externas que existiam até então (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Fundo da Lotus 100T e chassis mais aberto e leve, usado a partir de 1988 com o motor cromado de Nylon azul posicionado da mesma forma oblíqua (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Ferrari T4, de 1988. É muito parecida com as demais T4 de aerofólios pretos. Os aros são diferentes e o chassis é sem pêndulo, como mostrado na foto anterior (Foto: acervo de Marco Gavioli).


McLaren MP4/4, de 1988, apelidado de “U” (pintura em "U") em virtude da forma da pintura na parte de cima, próxima a traseira do carro (Foto: acervo de Sandro Souza).


Diferença no bico da Williams de 1986 (esquerda) para a de 1988 (direita) (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Diferença na parte de baixo da Williams de 1986 (esquerda) para a de 1988 (direita): foi criado um cilindro - destacado com o círculo vermelho e apelidado de “copo” - que fica exatamente acima da Guia (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Acelerador vermelho, a partir deste ano de 1988, ainda com os 3 pinos na tomada clássica da Estrela (Foto: acervo de Marco Gavioli).



1989


Neste ano a Estrela não faz nenhum lançamento novo e são repetidos os conjuntos de 1988.


Conjuntos Autorama, Séries:

Senna Ás da Largada, Senna Ás da Largada, em forma de oito simétrico, com os carros: McLaren MP4/4 e Williams FW11B.

Piquet Tri-Campeão, Piquet Tricampeão, com os carros: Lotus 100T Amarela e Ferrari T4, com aerofólio preto.

Show Fórmula 1, Duelo de Campeões, oito assimétrico com Curva Inclinada, com os carros: Lotus 100T Amarela e McLaren MP4/4.



1990


A Estrela mantém o nome, mas muda a série: Autorama Série Ayrton Senna, com apenas 2 conjuntos: Senna Ás da Largada e Duelo de Campeões. Senna já tinha sido campeão em 1988 (e seria Bi neste ano), então a Estrela lança a McLaren MP4/5B, com o número 1, apelidada de “V”.  Foi lançada, também a Ferrari 641, do Alain Prost, com número 27 e que tinha a asa dianteira em vermelho e o aerofólio traseiro preto. Este foi o último ano que a Estrela usou decalques. Os próximos lançamentos passaram a vir adesivos autocolantes.

A mecânica dos carros permanece a mesma: motores Oxford prata, com 2 furos e com Nylon azul e pinhão de 9 dentes; chassis de metal zincado, sem Pêndulo (e guia fixada diretamente no chassis). Todo o restante é mantido também sem alterações.

O conjunto Duelo de Campeões era um oito assimétrico, com pistas pretas e curva inclinada! Isso era muito legal. Na parte que não era Curva Inclinada, eram curvas de 60 graus com o estreitamento de pista, que eu não gosto nem um pouco. Além disso, a qualidade das pistas (na cor preta) eram inferiores. Colocando uma pista desse ano ao lado de uma das décadas anteriores, percebe-se até uma pequena diferença na altura/espessura das pistas. Não é um circuito tão bom quanto o Monza (dos anos 60) ou o Fórmula 1 (anos 70), pois não vinha com as curvas de 30 graus que faziam uma parabólica bem legal, mas ainda assim era melhor que os demais. 


Conjuntos do Autorama – Série Ayrton Senna:

Senna Ás da Largada, em forma de oito simétrico, com os carros: McLaren MP4/5B  e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.

Duelo de Campeões, oito assimétrico com Curva Inclinada e os carros: McLaren MP4/5B e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.


Conjunto Ayrton Senna - Ás da Largada, de 1990, com a McLaren MP4/5, com número 1 (Foto: acervo de Alex Cruz).


McLaren MP4/5B com a qual Senna foi campeão mundial em 1988, ganhando 8 etapas daquele ano (Foto de acervo próprio).


Chassis sem pêndulo e com peso reduzido. O cabeçote do motor é de Nylon azul e o pinhão tem 9 dentes (Foto de acervo próprio).


Comparação das McLaren que vinham nos conjuntos de 1988 (à esquerda) e de 1990 (à direita): na de 1988, chamada de “U”, a junção do vermelho com o branco na parte cima da carroceria, próximo ao eixo traseiro, lembra a forma da letra “U”, enquanto na de 1990, a forma lembra uma letra “V”. Outra diferença é a numeração: 12, na de 1988 e 1, na de 1990 (Senna havia sido campeão em 88). Fora esses 2 detalhes de pintura e numeração, a carroceria é a mesma - na verdade a forma da carroceria é igual em todos os carros… (Foto própria, de acervo próprio e de Sandro Souza).


Ferrari 641, do Alain Prost, dos conjuntos de 1990 (Foto: acervo de Marco Gavioli).



1991


Neste ano a Estrela não lançou nenhuma novidade. São repetidos os conjuntos do ano anterior.


Conjuntos do Autorama – Série Ayrton Senna:

Senna Ás da Largada, em forma de oito simétrico, com os carros: McLaren MP4/5B  e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.

Duelo de Campeões, oito assimétrico com Curva Inclinada e os carros: McLaren MP4/5B e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.



1992


Neste ano a Estrela também não lançou nenhuma novidade. São repetidos os conjuntos do ano anterior.


Conjuntos do Autorama – Série Ayrton Senna:

Senna Ás da Largada, em forma de oito simétrico, com os carros: McLaren MP4/5B e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.

Duelo de Campeões, oito assimétrico com Curva Inclinada e os carros: McLaren MP4/5B e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.



1993


Neste ano, mais uma vez a Estrela não lançou nenhuma novidade. São repetidos os conjuntos do ano anterior.


Conjuntos do Autorama – Série Ayrton Senna:

Senna Ás da Largada, em forma de oito simétrico, com os carros: McLaren MP4/5B e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.

Duelo de Campeões, oito assimétrico com Curva Inclinada e os carros: McLaren MP4/5B e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.



1994


Depois de 3 anos sem lançar nenhuma novidade a Estrela lança o Autorama Série Ayrton Senna, Duelo de campeões em 1994, juntamente com o carro Williams FW16, modelo do carro do Senna naquele ano. 

Era para ser uma grande comemoração, marcando a mudança de equipe de Senna, que estava doido para ir para Williams. Frank Williams também queria ele na equipe. Mas a tão aguardada união dos dois foi uma alegria que durou pouco. O carro não estava bom como nos anos anteriores e no fatídico 1º. de maio de 1994 ocorreu o acidente na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola (Itália), matando Ayrton Senna e encerrando prematuramente uma carreira brilhante no automobilismo. 

Foram lançados os mesmos 2 conjuntos dos anos anteriores, mas com a Williams no lugar da McLaren. O Chassis era o mesmo de metal zincado e sem pêndulo. Mas foi lançado um motor cromado de 2 furos com Nylon preto que fazia o carro correr muito! Pinhão e coroa são mantidos iguais aos dos anos anteriores. As pistas se mantêm pretas. Os aceleradores e guardrails se mantêm vermelho-alaranjados. Os decalques foram substituídos por adesivos autocolantes.

Conjuntos do Autorama – Série Ayrton Senna:

Senna Ás da Largada, em forma de oito simétrico, com os carros: Williams FW16 e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.

Duelo de Campeões, oito assimétrico com Curva Inclinada e os carros: Williams FW16 e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.

Conjunto Autorama Senna Ás da Largada, de 1994, com a Williams FW16 e a Ferrari T4 (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Conjunto Duelo de Campeões, de 1994, com a Williams FW16, do Senna, e a Ferrari 641, com aerofólio preto e asa dianteira vermelha, do Prost. Detalhe do Logo Estrela para Autorama. Fonte, aceleradores, pista são mantidos como os dos últimos anos.


Williams FW16, de Ayrton Senna, dos conjuntos de 1994 (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Fundo da Williams FW16, de 1994 (Foto: Marco Gavioli).



1995


Neste ano a Estrela não lançou nenhuma novidade. Foram vendidos os mesmos itens e conjunto do ano anterior.


Conjuntos do Autorama – Série Ayrton Senna:

Senna Ás da Largada, em forma de oito simétrico, com os carros: Williams FW16 e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.

Duelo de Campeões, oito assimétrico com Curva Inclinada e os carros: Williams FW16 e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.


1996


Este ano a Estrela também não lançou nada novo. Foram vendidos os mesmos itens e conjuntos do ano anterior. Este foi o último ano em que a Estrela usou o logo específico do Autorama, com as 2 bandeiras quadriculadas cruzadas. Foi o último ano, também, para os motores Oxford. Da mesma forma, foi a última série que saiu em caixa de isopor. Os próximos serão vendidos em caixas de papelão.


Conjuntos do Autorama – Série Ayrton Senna:

Senna Ás da Largada, em forma de oito simétrico, com os carros: Williams FW16 e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.

Duelo de Campeões, oito assimétrico com Curva Inclinada e os carros: Williams FW16 e Ferrari T4 com aerofólio preto e asa dianteira vermelha.



Esse terceiro período ou “fase” do Autorama Estrela se encerra com uma certa tristeza. Desde que o Senna faleceu, as corridas de Fórmula 1 já não despertavam tanta euforia como antes. Possivelmente a Estrela percebe isso e faz novas mudanças no seu brinquedo-hobby para reduzir custo e facilitar as vendas. Apesar de terem ocorrido mudanças dentro deste período de 1980 a 1996, entendemos que os carros ainda mantinham semelhanças que os deixava com comportamento parecido, apesar da mudança significativa representada pela introdução dos chassis sem pêndulo em 1988. De qualquer forma, eu acho que com os carros e conjuntos até 1996 ainda se faz ótimas corridas! Entendo que para os mais puristas, talvez fosse o caso de separar também esse período de 1988 a 1996. Como meu foco está no comportamento dos carros e suas características principais, optei por fazer um período único desde 1980 até 1996. A partir de 1997, entendo que os carros passam a ter uma mudança que não permite agrupá-los aqui: o motor! Mas essa próxima parte da história do querido Autorama Estrela será contada na 4a. parte do texto.


Algumas fotos sobre itens e curiosidades do período

Peças de reposição vendidas pela Estrela (algumas dos anos 70 e a maioria dos anos 80) (Foto: acervo de Marco Gavioli).


Fórmulas 1 de 1980 a 1988: a Estrela fazia carrocerias realmente diferentes a cada novo lançamento - formas dos aerofólios, motores, asas dianteiras etc. (Foto: acervos próprio e de Sandro Souza).


Fórmulas 1 de 1988 a 1994: de 1988 em diante a Estrela passou a fazer carrocerias idênticas para todos os carros - formas dos aerofólios, motores, asas dianteiras são iguais. (Foto: acervos próprio e de Sandro Souza).


Carrocerias de 1972 e 1976: Se compararmos as carrocerias dos anos 80 e 90 com as dos anos 70, aí é que as diferenças ficam ainda mais impactantes…Cada carro era muito diferente dos outros na década de 70! Sem falar na quantidade de detalhes de cada um… (Foto: acervo de Sandro Souza).


Ampliando o período de observação: variedade de carrocerias de 1967 (Cheetah, 1969 (Lola), 1972 (Lotus), 1980 (Ligier) e 1990 (McLaren). Quantas perdas foram ocorrendo ao longo dos anos… (Foto: acervos próprio e de Sandro Souza).


Variedade de Chassis! Da esquerda para a direita: Monobloco de alumínio, da Cheetah e outros dos anos 60; Basculante de alumínio, da Lola e outros dos anos 60; Alumínio e Latão, com motor em linha, da Lotus e outros dos anos 70; Latão, com pêndulo curto e motor em posição oblíqua, da Ligier e outros dos anos 80; Latão, sem pêndulo e motor na mesma posição oblíqua, da McLaren e outros dos anos 80 e 90. Que involução na qualidade dos chassis!!! (Foto: acervos próprio e de Sandro Souza).


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